Assim que gritei o Luan rodou e acabou caindo da cama.
-Amor? Que susto. Ele disse se levantando com os olhos arregalados, não aguentei e caí na gargalhada, ele me olhava sério e Lucas também ria.
-Qual a graça hein? Também quero rir. Ele disse.
-Tem cabimento Luan, você desse tamanho dando cambalhota em cima da cama? Disse rindo.
-Eu tava brincando com meu filho poxa. Ele tava gostando.
-Tava gostando. Fiquei séria. Você levou uma bela de uma queda ai e se é o Lucas?
-Relaxa amo, ele não caiu tá bem ai.
-Tá bom. Mais espero que isso não se repita.
-Pode deixar amor.
-Muito bonito isso, eu achando que vocês estavam no apê e vocês aqui aprontado.
-Porque achou que a gente tava lá?
-Eu e a Bru chegamos já tem um tempo, até preparamos a janta já .
-Nossa nem vi que já era tarde.
-Pois é, vai dar um banho nele pra gente descer.
-Vou aproveitar e tomar banho com ele também.
-Vai lá então. Lhe dei um selinho e ele saiu.
Tomei meu banho, me vesti e desci, terminei de arrumar a mesa e Bruna desceu.
-O Luan já chegou?
-Ele nem saiu. Tava no quarto brincando de dar cambalhota em cima da cama acredita?
-Vindo do Luan, eu acredito. Nós rimos.
-Tão rindo de que? Luan perguntou entrando na cozinha.
-De uma pessoa sem noção ai. Bruna disse.
Terminamos de comer, Bruna lavou a louça e eu sequei. Bruna subiu pro quarto e eu fiquei na sala com Lucas e Luan assistindo um filme.
-Amor que dia a gente vai começar ver as coisas pro casamento? Luan perguntou enquanto alisava meu cabelo.
-Não sei amor. Tem tanta coisa pra ver, vou conversara com minha mãe pra ela me ajudar com algumas coisas.
-Tão lindo te ouvir chamar a Tânia de mãe. Ele disse sorrindo.
-Demorou mais eu consegui né?
-A gente vai casar aqui ou em Campo Grande? Ele perguntou.
-Nossa. Isso eu não sei.
-Tem mais parentes meus pra vir pro Rio do que seu pra ir pra lá.
-Isso é.
-Depois a gente vê isso.
O filme acabou, Luan levou Lucas pra dormir e voltou pro quarto, foi pro banheiro e trocou de roupa. Eu já estava de pijama e ele se deitou ao meu lado.
-Amor. Disse quebrando o silêncio.
-O que foi vida?
-Eu tô preocupada com o Enzo.
-Preocupada porque?
-A Cláudia tava examinando ele e encontrou umas manchas roxas no braço dele.
-Mais ele disse o que foi?
-Disse que machucou jogando bola, mais nós achamos que foi o pai dele. Eu até perguntei pra Laura se tinha acontecido alguma coisa na casa dela esses dias mais ela disse que não.
-Fica tranquila amor, se tivesse acontecido alguma coisa a Laura falaria.
-Será?
-Relaxa.
Conversamos mais um pouco e acabamos dormindo.
Alguns dias haviam se passado, decidimos que o casamento seria no Rio mesmo, pois seria mais fácil pra gente cuidar das coisas, resolvido isso já começamos ir trás de igreja e minha mãe cuidaria de ir atrás do buffet, não tínhamos uma data em mente e também teríamos que ver as datas disponíveis nas agendas das igrejas. O aniversário de Luan estava chegando mais com a correria do orfanato e do trabalho dele na universidade não viajarimos pra lugar nenhum.
-Amor o que vamos fazer no seu aniversário? Perguntei.
-Não sei amor, a gente não pode viajar agora.
-Vamos fazer uma festinha aqui mesmo.
-Aqui amor?
-É o que que tem?
-Você que sabe vida mais eu preferia só nós dois assim como foi o meu primeiro aniversário ao seu lado.
-Engraçadinho você né. Lhe dei um selinho.
-Vai dizer que não seria melhor. Ele me apertou em seu corpo.
-A gente pensa nisso depois né amor, vai lá brincar com as crianças. Disse me soltando de seus braços.
Luan saiu e eu fui ver os e-mails pra ver se não tinha nenhuma instituição querendo nos mandar crianças. Abri um que tinha o nome do meu pai no remetente, era uma espécie de convite, onde nos convidavam pra comparecer em sua casa tal dia e tal hora na comemoração de aniversário de casamento dele e de Cláudia. respondi dizendo que iria. Afinal era meu pai né?
Terminei de ver os e-mails e fechei o note, fui pro jardim e comecei brincar com as crianças mais vi Enzo bem distante.
-O que foi Enzo? Perguntei me sentando ao seu lado.
-Nada não tia. Só tô cansado. Ele disse de cabeça baixa.
-Mais você adora brincar com os meninos de bola, vai lá com eles.
-Depois eu vou tia.
-Me fala o que tá acontecendo? Seu pai brigou com você?
-Não tia. Meu pai não fez nada. Ele disse um pouco assustado.
-Tem certeza? Pode me falar.
-Tenho tia. Eu vou lá brincar. Ele se levantou e saiu.
Fiquei de longe observando e notei também que ele estava com uma blusa fina mais de manga comprida, um pouco estranho pro calo que fazia.
Fui até a cozinha e ajudei as Irmãs no lanche das crianças, assim que terminamos de servir a mesa elas foram lavar as mãos e se sentaram em ordem como as irmãs haviam ensinado.
-O que foi amor? Tá ai toda séria. Luan me abraçou por trás.
-tem alguma coisa acontecendo com o Enzo sim. Eu tenho certeza.
-Amor relaxa. Se a Laura disse que não tem é porque não tem.
-Mais e se nem ela souber?
-Mais amor o Enzo nem fica sozinho com o pai dele, se ele tivesse feito alguma coisa a Laura saberia.
-Não sei amor, mais eu vou saber.
-Vai fazer o que?
-Não sei, mais ficar de braços cruzados que eu não vou.
Nos juntamos as crianças na mesa e assim que eles terminaram o lanche eu e Luan fomos buscar Lucas na creche, enquanto Luan se arrumava pra ir pro trabalho eu dava banho em Lucas.
-Mamãe depois que você e o papai se casarem eu vou ganhar minha irmãnzinha?
-Vai sim meu amor, vai sim. Não acredito, de novo esse assunto. Pensei.
No dia seguinte durante o café avisei Luan da festa na casa do meu pai e disse que seria no próximo sábado. Ele estranhou eu querer ir mais não contestou, como Lucas não ficaria na creche hoje pois iria fazer uma detetização por lá, tivemos que levar ele pro orfanato que adorou, pois poderia brincar com Enzo.
O dia passou tranquilamente, na mesma hora de sempre Enzo chegou, as crianças estavam assistindo um teatrinho de fantoches que Luan e Bruna fazia e eu fui para a mina sala. Estava respondendo uns e-mails quando bateram na porta.
-Entra! Disse.
-Licença Adriana.
-Oi irmã pode entrar.
-Tem um senhor um pouco alterado lá fora querendo falar com você.
-Comigo? Perguntei sem entender e já saindo.
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