10 Capitulo 101

Mãe! Fala comigo. Seus olhos continuavam fixos num canto do quarto e os aparelhos pararam de funcionar. Imediatamnte as lagrimas caíram por todo meu rosto, apertei desesperadamente um botão que havia ali e logo o quarto estava cheio de médicos e enfermeiros.
-Você tem que sair agora. Disse uma das enfermeiras.
-Não! Eu quero ficar com minha mãe. Disse desesperada.
-Infelizmente você não pode ficar. Aguarde lá fora por fora por favor. Ela disse já me empurrando pra fora do quarto e fechando a porta.
Caminhei até a recepção, Diego vendo minha feição veio ao meu encontro e me abraçou, ficamos assim por uns minutos e percebi que ele também chorava. Ele desfez o abraço e segurou minhas mãos.

-O que aconteceu? Ela mor...
-Ela descansou. O interrompi e ele se desmanchou em lágrimas, soltou minhas mãos e se sentou no sofá. -É melhor a gente pensar assim Diego. Vai doer menos. Ela tava sofrendo muito e agora ela está descansando.
-O que ela queria falar com você?
-Parece que só faltava uma coisa pra ela partir em paz.
-O que?
-Meu perdão!
-Você a perdoou?
-Mesmo dizendo que não tinha nada pra perdoar eu perdoei. E logo depois ela se foi.
-Então ela descansou em paz mesmo. Ficamos mais um tempo conversando e logo o médico apareceu.
-Então? Diego perguntou se levantando e eu me levantei junto.
-A gente tentou reanimá-la mais infelizmente não conseguimos. Ela faleceu. Diego me abraçou novamente e choramos juntos. O médico nos deu algumas instruções sobre o velório e pediu pra que fossemos embora já que não poderíamos fazer nada aquela hora da noite.
-Eu tô sem carro. Me dá uma carona? Diego pediu.
-Claro!! Vamos.
Fomos o caminho todo em silêncio, Diego só se pronunciou quando estacionei o carro em frente a casa dele.

-Como ela era, assim no dia a dia? Ele perguntou olhando pro além.
-Você sabe que a gente teve nossas desavenças, ela foi muito ausente na minha infância, depois que ela me confessou que não era minha mãe ficou tudo muito mais difícil, eu mal falava com ela, ela até tentou aceitar meu namoro mais sempre foi muito distante. Só depois que eu engravidei que as coisas mudaram. A gente conversava mais.
-Pelo menos você conviveu sua vida inteira com ela. A gente só se aproximou depois de tudo aquilo que aconteceu e ainda mais nessas condições. Ela parou de se cuidar pra cuidar de mim.
-Não vai ficar se culpando por isso Diego. Qualquer mãe faria a mesma coisa.
-Mais ela poderia estar aqui ainda.
-Era a hora dela Diego.
Ficamos mais um tempo conversando e ele disse que precisava ir.
-Se cuida tá. Disse assim que ele abriu a porta.
-Pode deixar, não vou jogar todo o trabalho que ela teve comigo pro alto não.
Nos despedimos, ele se foi e eu segui pra casa. Cheguei, passei no quarto do Lucas e ele dormia feito um anjinho, dei um beijo nele e fui para o meu quarto, Luan assistia TV na cama.

-Nossa amor, demorou. Ele disse e assim que me sentei ao seu lado comecei chorar de novo.-O que foi paixão? O que aconteceu? Ele perguntou me abraçando.
-Ela morreu Luan. Disse.
-Ô vida. Chora vai, não guarda isso não. Ele me apertou mais em seus braços e eu chorei. Depois de alguns minutos desfiz o abraço.
-Eu vou tomar um banho e ejá venho me deitar. Disse indo pro banheiro. Tomei meu banho, me vesti e sai. Luan me chamou pra que deitasse em deu peito e assim fiz.
-O Diego já sabe? Ele perguntou enquanto acariciava meus cabelos.
-Ele estava lá. Disse.
-Você chegou falar com ela?
-Ela me pediu perdão e assim que eu disse que a perdoava ela...
-Ela só estava esperando isso então.
-Pois é.
Ele continuava a acariciar meus cabelos e eu logo dormi. Sonhei com os tempos da minha infância novamente só que dessa vez me veio os poucos bons momentos que passamos juntas, brincando na piscina, correndo no jardim entre outros. No dia seguinte acordei cedo pra ir resolver os detalhes do velório. Não quis levar Lucas então o deixei com Patricia. Diego estava aparentemente abatido. Depois que acabou e que ela já havia sido enterrada voltamos pra casa, Patricia estava brincando com Lucas no jardim e logo foi dar um banho nele.


2 meses se passaram depois da morte da minha mãe. Encontrei um imóvel perfeito pra abrir meu orfanato, Cláudia estava me ajudando com os voluntários, precisaria de muita gente especializadas. Professores, médicos, alguém pra cuidar da limpeza, da comida e até psicólogos. A casa era bem grande e comportaria com muito conforto as 30 crianças. A área de lazer era bem extensa e queria fazer um paisagismo bem bonito. Meu pai já havia voltado morara no Rio e estava me ajudando com as partes burocráticas do orfanato. Precisaria arrumar um nome e já tinha algo em mente.
-Quando você pretende inaugurar? Cláudia perguntou enquanto andávamos pelos arredores do imóvel.
-Não sei ainda. Semana que vem eu vou viajar pra Fernando do Noronha, no fim do ano tem a formatura do meu namorado e depois o casamento de uma amiga, ai não sei. Talvez no meu aniversário. Disse.
-Vai pra Fernando de Noronha é?
-Pois é. O Luan tá de férias da faculdade e do trabalho então vamos passar uns dias lá.
-Que maravilha. É um lindo lugar. Quem sabe não encomenda mais um filhotinho ein?
-Tá doida é? O Lucas ainda é muito novinho. Já foi lá?
-Já sim, vale a pena ir. Continuamos vendo a obra e já estava bem adiantada.

Pequeno porque estou de saída. Mais e ai, tenso né? Mais como a Drica disse, agora ela está descansando. A obra do orfanato está a todo vapor. Quem ainda não votou na enquete, vota lá pra escolher o nome da próxima web, nessa web a personagem vai ser uma Luanete já que ainda não fiz uma assim né? Vamos ver... Pra avisar essa web aqui não está acabando tá, só fiz a enquete pra ter logo um nome pra próxima. É isso. 

Indiando http://worldluanettes.blogspot.com.br

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