23 Capitulo 64

Eu me aproximava de Drica, mais cada passo a frente que eu dava ela dava um pra trás  até que ela me pediu pra deixá-la em paz e saiu correndo sem olhar pros lados e um carro em alta velocidade a atingiu e a jogou longe, depois que gritei em vão, sai correndo até onde ela estava caída, não contive as lágrimas quando a vi ali ensanguentada, o motorista do carro que a atropelou queria levá-la pro hospital mais não deixei que ele a tocasse, poderia ser pior, ele ligou pra ambulância e eu liguei pra Amanda que saiu da boate acompanhada de Bruna e Max já aos prantos as duas.
-O que aconteceu Luan? Amanda a perguntou chorando muito.
Contei a ela o que tinha acontecido.
-Eu não consegui parar. Ela veio muito rápido. o motorista falava desesperado.
-Mais pra que correr daquele jeito cara. Perguntei nervoso.
-Eu não a vi, ela apareceu do nada.
-Chega gente, a ambulância tá chegando. Max disse.
A ambulância parou, seguida de uma viatura, os para-médicos fizeram os primeiros socorros, a imobilizaram, colocaram ela na maca e a colocaram dentro da ambulância.
-Eu vou junto! Disse indo pra dentro da ambulância.
-Não! O senhor vai ter que ir pra delegacia prestar depoimento. Disse um dos paramédicos.
-mais eu preciso ir com ela, depois eu dou meu depoimento.
-Não! O senhor tem que ir agora.
-Mais...
-Vamos Luan, eu te levo na delegacia e de lá a gente vai pro hospital. Max disse.
-Isso Luan! Vai com ele que eu e a Bruna vamos pro hospital no carro da Drica.
Tudo bem então.
Max me levou pra delegacia e as meninas foram seguindo a ambulância pro hospital.

*

Chegamos no hospital e levaram a Drica pra sala de emergência. Eu e Bruna ficamos numa salinha, liguei pra Tânia e pra Silvana que em minutos estavam entrando aos prantos pela recepção.
-Cadê minha filha? Tânia perguntou desesperada.
-Levaram ela e até agora nenhuma noticia. Bruna disse.
-O Caio não veio? Perguntei.
-Não! Ele ficou em casa com o Lucas. Disse Silvana.
-Mais o que aconteceu? Tânia perguntou e eu expliquei pra ela como o Luan havia me contado.
-Mais esse menino tinha que tá envolvido né. Disse Silvana.
-Ele não teve culpa, eles estavam conversando e ela saiu correndo. Disse.
Logo Max, Luan e o motorista chegaram no hospital.
-E ai! Alguma noticia? Luan perguntou aflito.
-Nenhuma. Respondi.
Tânia e Silvana  andavam de um lado pro outro, assim como o motorista também, Luan estava abraçado com Bruna e os dois choravam, e eu estava abraçada com Max que era o mais calmo aparentemente.

*

Já tinha mais ou menos 1 hora e meia que havia chegado no hospital e um enfermeiro veio até a gente e disse que o médico já vinha trazer noticias, esperamos uns 10 minutos e ele apareceu.
-E então doutros? Como está minha filha? Tânia perguntou.
-Bom, ela bateu a cabeça muito forte, o sangramento está muito intenso, ela teve um leve traumatismo e no momento está em coma. Ele deu a noticia assim, direto e reto sem nem anestesiar primeiro, Tânia e Silvana se desesperaram mais ainda e tiveram que tomar um calmante.
-Quanto tempo ela vai ficar assim doutor? Max perguntou.
-Não podemos dizer quanto tempo! Ela pode acordar daqui a algumas horas, assim como pode acordar daqui a anos.
-ANOS? Amanda gritou.
-Isso mesmo! Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance pra trazê-la de volta, mais só o que vocês podem fazer agora é rezar. Ele disse e saiu. E foi o que fizemos, fomos todos pra capela do hospital e cada um fez sua oração.

*

Os dias se passaram e nenhuma melhora no quadro da minha pequena, ela continuava na mesma, eu ia visitá-la todos os dias, minha mãe foi comigo e com a Bruna antes de ir embora visitar a Drica e Caio estava lá com o menino. E com a Tânia.
-Oi Tânia. Disse.
-Oi Luan,
Cumprimentei Caio apenas com um aperto de mão, Bruna pediu pra segurar o menino e ele deixou e saiu.
-E ai, alguma melhora? Perguntou minha mãe.
-Nenhuma. Os médicos disseram que ela pode ficar assim por anos. Tânia parecia aflita.
-Ela vai ficar boa se Deus quiser. Minha mãe disse.
-Esse é o bebê da Drica? Perguntei.
-É sim! Porque? Bruna perguntou.
-Ele tá grande.
-Ele tem 7 meses. Disse Tânia.
-Como é o nome dele? Perguntei.
-Lucas Raf.. Ela parou. Lucas! Ele se chama Lucas.
-Lindo nome. Disse.
Minha mãe apenas olhava pra ele e consecutivamente pra mim e sorria de leve.
-Quer pegar ele? Bruna perguntou.
-Não! Respondi e voltei olhar minha pequena pelo vidro. Vê-la ali imovél, quase sem vida, me deixava sem chão. Eu faria qualquer coisa pra estar ali no lugar dela. Caio chegou e entrou com o menino no quarto de Drica. Não quis ver aquela cena "familiar" e sai de perto do vidro.
-Tá bem meu filho? Minha mãe perguntou.
-Tô sim mãe! Só algumas dúvidas aqui na minha cabeça.
-Será que são as mesmas duvidas que eu tenho?
Olhei pra ela e ela sorria de lado.
-É sobre o menino. Disse.
-Você acha que ele pode ser seu filho?
-Acho sim, tinha pouco tempo que a gente se separou, e de repente ela aparece com esse menino.
-Sem contar que ele parece muito com você.
-Parece? Perguntei confuso.
-Muito meu filho. Olha isso. Minha mãe me mostrou uma foto minha quando pequeno e uma que parecia ser do menino.

Fiquei olhando aquela foto e realmente aquele menino parecia mesmo comigo.
-Mais porque ela não me contaria? perguntei.
-Eu não sei meu filho, ela deve ser muito orgulhosa, vocês tinham brigado e ela não quis te contar.
-Mais será que o Caio sabe de alguma coisa? Será que ele registrou o menino como filho dele?
-Eu não posso te responder essas perguntas Luan! E a gente não tem certeza de nada ainda meu filho.
-Mais eu preciso saber.
-Se o Caio acha que o filho é dele, não vai te ajudar em nada.
-Mais a Amanda sabe a verdade e ela vai ter que me contar.
-Não vai ficar pressionando os outros né Luan?
-Mais eu preciso saber mãe.
-Espera mais um pouco, quem sabe ela acorda e vocês conversam sobre isso.
-Só mais um pouco.
5 meses se passaram e nada da Drica acordar, aquela duvida ainda permanecia em mim, estava no hospital como todos os dias eu fazia, e Tânia chegou com o menino.
-Oi Luan.
-Oi Tânia. Tudo bem?
-Tudo indo né.
-Nossa como ele tá grandão.
-Tá lindo né? Hoje ele tá fazendo 1 aninho.
-É mesmo? Parabéns garotão.
Ela entrou no quarto da Drica com ele e Amanda chegou.
-Oi Amanda.
-Oi Lu. Faz tempo que tá ai?
-Um pouco.
Ficamos olhando pelo vidro Tânia com o menino.
-Hoje é aniversário dele né?
-É sim! Como você sabe? Ela perguntou assustada.
-A Tânia me disse.
-Ah tá.
-Mais a Drica me disse que ele nasceu prematuro. Como tá fazendo 1 ano?
-Eu...é...
-Desembucha Amanda.
-Luan, eu não sei de nada.
-Você sabe sim Amanda e tá escondendo de mim. Poxa vida se eu sou o pai desse menino eu tenho que saber.
-Eu já disse que não sei de nada Luan. Ela disse e saiu.
Um outro dia que estava no hospital, Caio chegou dessa vez sozinho.
-Oi Luan.
-E ai cara. Demos as mãos.
-Você vem aqui todo dia né?
-Todos os dias! Se eu pudesse ficaria aqui até ela acordar.
-É muito ruim ficar vendo ela assim e não poder fazer nada né?
-Muito! Mais se Deus quiser ela vai sair dessa logo logo.
-Vai sim.
Minha vida era todo dia faculdade, ficar a tarde inteira no hospital e ir pro trabalho a noite, quase 1 ano havia se passado e nenhuma melhora no quadro da Drica, terminei meu namoro com a Ingrid por que ele estava me enchendo muito por não sair mais do hospital, mais eu não deixaria de ver a Drica por isso. Um dia quando estava chegando no meu apartamento depois da faculdade, Caio estava na frente do prédio com o menino nos braços.
-E ai cara. Aconteceu alguma coisa com a Drica? Ela acordou? Fala alguma coisa.
-Não Luan, ela tá na mesma, mais eu preciso falar com você. Pode ser agora?
-Claro, vamos subir.
Subimos pro meu Apê e mandei ele sentar.
-Pode falar cara.



Tcharammmm!!! Que barra hein, e o Luan ainda desconfiando que é pai de Lucas, o que será que o Caio quer falar como Luan? posto mais depois de no minimo 9 comentários.