14 Capitulo 16

Depois de mais ou menos 30 minutos ele chegou cheio de sacolas, me levantei e fui ajudá-lo.
-Vai fazer um banquete? Perguntei.
-Não! A Shirley tava reclamando que a geladeira tava vazia então resolvi abastecer né?
-Isso ai.
Fomos para a cozinha, Luan guardava as coisas no armário e eu guardava as coisas da geladeira.
-Sorvete de rufa! Disse levantando o pote.
-É o meu preferido. Ele disse.
-O meu também.
-Mais uma coincidência.
Terminamos de aguardas as coisas e fomos pra sala.
E ai? O que aconteceu dessa vez?
-Porque você tá perguntando?
-Eu disse pra você vir aqui sempre que precisasses fugir.
-E eu não posso querer te fazer uma visita?
-Pode, mais eu sei que tem alguma coisa acontecendo.
-Eu sou tão transparente assim.
-Pra mim é. Quer falar?
-Não é nada de mais,  discuti com a minha mãe, mais nada sério. Comecei chorar.
-Se não é sério porque tá chorando?
-A  garota cai de para quedas na minha vida e de repente ocupa um lugar que era meu. Desabafei.
-De quem você tá falando?
Da Ingrid.
-A enteada do seu pai?
-Ela mesma. Acho que pra ele, ela é muito mais que isso.
-Porque você acha isso?
-Sei lá. Acredita que tem mais de 2 meses que a gente não se vê, nenhum telefonema, nem no natal ele me ligou.
-Caramba! E porque você não procura ele?
-Porque eu tenho que correr atrás?
-Vai saber ele tem o mesmo pensamento.
-Como assim? Sequei umas lagrimas.
-Sei lá, ele deve achar que você não tá nem ai pra ele, que não tá fazendo falta, por isso não te procura.
-Será?
-Vai saber Drica! Procura ele.
-Eu vou procurar sim. Sabia que vir aqui me faria bem.
-Acho que eu sei como melhorar seu humor.
-Como?
Luan se levantou, foi até a cozinha e voltou com o pote de sorvete e duas colheres.
-Ah isso vai muito meu humo.~~Sorri~~
-É isso que eu quero. Você sempre sorrindo.
Nos sentamos no tapete e começamos devorar o sorvete.
-Sabe o que a Ingrid me disse também?
-É importante?
-Não sei, mais me preocupa um pouco.
-O que ela disse?
-Que nossa amizade pode prejudicar você na universidade.
-Eu acho que não!
-Ela disse também que tem gente que não tá gostando nada da nossa amizade.
-Esse alguém deve ser o Diego.
-Deve sim! E se ele fizer alguma coisa pra te prejudicar?
-O que ele poderia fazer?
-Não sei Luan, mais eu não quero te prejudicar.
-Para com isso Drica. Pra falar a verdade eu só tô indo pra esse estágio pra te ver sabia?
-Como assim?
-Eu faço o estágio porque eu quero, não porque eu preciso. Tô lá por você e se for preciso saio por você também.
-Não faz isso Luan.
-Tem muitas outras universidade que precisam de estagiários, eu posso ir pra qualquer outra.
-Não faz nada tá? Talvez ele nem queira te prejudicar. O problema dele é comigo.
-Se é com você, é comigo também.
-Luan não quero que fique arrumando confusão.
-Não vou arrumar, desde que ele não arrume comigo.
Terminamos o sorvete e fomos pra cozinha.
-Quer jantar? Comer alguma coisa?
-Não, me  entupi de sorvete.
-Foi mesmo.
-Isso vai ter que acabar.
-Porque?
-Acho que o instrutor da academia não vai gostar de saber que eu ando me entupindo de sorvete de trufa.
-Não esmo. Não sabia que você malhava.
-Na verdade eu vou começar amanhã.
-Mais pra que,? Você tá tão bem assim.
-Exatamente por isso, pra manter a forma e faz bem pra saúde também né.
-É verdade. Bom que vai sobrar mais sorvete pra mim, mais pode ficar tranquila que sempre  vou deixar uns legumes e umas verdurinhas aqui pra quando você vier me visitar.
-Bobo.
Tava lavando umas loucinhas que estavam na pia e quando me virei dei de cara com Luan, com o esbarrão ele derrubou o copo que segurava.
-Se machucou? Ele perguntou.
-Não.
Me abaixei pra pegar os cacos de vidro e ele parece que teve a mesma idéia, nossas mãos se encontraram. Pegamos os cacos de vidro e nos levantamos em sincronia. Jogamos os cacos no lixo e  permanecíamos próximos demais. Luan me encostou no balcão. Colamos nossas testas e nos olhávamos nos olhos Luan acariciava meu rosto, meu cabelo, nossas respirações estavam ofegantes, ele passou uma de suas mão por debaixo do me cabelo e colou seus lábios no meu. O beijo era mais apresado que o 1°, parecia que ambos esperava por aquele momento, depois de alguns minutos nos beijando ele encerrou com selinhos.
-Eu te amo Drica. Ele disse e eu me afaste.
-É um pouco cedo pra você dizer isso né Luan.
-Não Drica, pra mim não é, eu tenho absoluta certeza dos meus sentimentos por você.
-Eu tenho que ir Luan.
-Não vai Drica.
-Eu preciso, amanhã acordo cedo.
-Até quando você ficar fingindo que não sente nada por mim?
-Acho que você tá sendo um pouco pretensioso agora.
-Não tô não Drica, eu sei que você também sente alguma coisa por mim.
-Sinto sim Luan, mais talvez não na intensidade que você tá pensando.
-Nada que não mude com o tempo.
-talvez, mais não vou ficar colocando a carroça na frente dos bois, a gente acabou de terminar nossos namoros, que por sinal o seu acabou ontem e você já tá dizendo que me ama.
-Se eu digo é porque eu tenho certeza dos meus sentimentos.
-Ah sei, com quanto tempo você disse pra Fernanda que a amava?
-Nunca disse. Eu nunca amei ela, era mais atração física, e acho que ela sabia disso.
-Tudo bem Luan, mais acho que é muito cedo pra você dizer isso. Eu tenho que ir.
-Fica por favor.
-Não posso, tenho que ir pra ONG amanhã cedo.
-Tudo bem então. Nos vemos na universidade?
-Sim. Nos despedimos, ele me levou até a porta e fui embora.


ÊÊÊÊÊ Laia. Luan se declarando assim tão cedo, será que ele tá se precipitando ou ele ama mesmo a drica. Será que ela vai procurar o pai? Posto mais depois de no minimo 5 comentários.