10 Capitulo 127

-Caio! Disse ainda espantada.

-Oi Adriana. Tudo bem com você? Ele se aproximou beijando meu rosto.

-Tudo. Disse.

-E ai Luan! Beleza? Ele se aproximou de Luan e eles deram um aperto de mão, Luan não disse nada. Eu ainda estava paralisada, sem entender o que estava acontecendo. –Então! Eu tô doido pra conhecer as crianças. Ele disse empolgado.

-Então você é o estagiário que vai ficar no...

-Lugas da Cláudia? Sou sim! Ele me interropeu. Olhei pro Luan que continuava  imovel ao meu lado e podia ver claramente que ele estava incomodado com essa situação.

-Bom! Então vamos né? Amor você vem? Perguntei e ele saiu do transe.

-Hã? Vou sim. Ele disse. Claro que ele iria, fomos até a sala onde algumas crianças participavam da oficina de pintura e entramos, a menina que estava dando a aula saiu e Caio ficou um tempo conversando com as crianças. Luan não saia de perto de mim em momento nenhum.

-São só essas crianças? Caio perguntou.

-Não! São 32 ao total. São crianças entre 2 e 13 anos, aqui tem 14 crianças, a mais novinha tem 2 e está em processo de adoção e o restante das crianças chegam da escola 1 da tarde.

-32 crianças? Então é bem grande aqui. Ele comentou.

-É sim! Depois a gente mostrar a casa pra você. Luan permanecia em silencio mais resolveu se pronunciar.

-Então Caio? Desde quando você é médico? O cutuquei e ele não se importou.

-Na verdade eu ainda estou na faculdade. Comecei ano passado, mais já estava fazendo estagio num hospital lá na Espanha e me transferiram pra cá.

-Mais você veio pra ficar? Luan perguntou e eu lhe cutuquei de novo.

-Não fiz planos, se for pra ficar eu fico, se não for eu volto pra Espanha.

Ele examinou as crianças e elas voltaram pra aula de pintura. Caio receitou alguns remedios pra algumas crianças que estava resfriadas, mostramos a casa toda pra ele, ele tomou um suco na cozinha e foi embora.

Já estava quase na hora de buscar Lucas na creche e fui buscar minha bolsa na minha sala, Luan me acompanhou.

-Você reparou uma coisa? Perguntei assim que entramos na sala.

-O que? Ele perguntou.

-Que você não desgrudou de mim em momento nenhum hoje. Disse rindo e me sentando pra guardar  minhas coisas na bolsa.

-E isso é ruim? Não posso ficar perto de você?

-Claro que pode. Mais será que tem mais alguma coisa ai?

-Não ué! Só quis ficar perto de você.

-Entendi! Pensei que fosse ciumes. Disse rindo.

-Ciumes? De que?

-Pois é, de que?

-Paranóia sua amor. Vamos pra casa? Ele mudou totalmente de assunto.

-Vamos! Peguei minhas coisas, antes de pegar Lucas na creche Luan quis passar no mercado pra comprar umas besteiras pra comer assistindo filme já que amanhã é sabado e não temos que acordar cedo. Assim que ele comprou tudo o que queria fomos pra creche. Monique veio trazer Lucas e percebi que ele estava meio murchinho.

-O que ele tem? Perguntei assim que Luan pegou ele no colo.

-Ele ficou assim tem uns 40 minutos, verifiquei e ele está com febre. Não te avisei porque já estava quase na hora de você vir buscar ele então resolvi esperar.

Coloquei a mão na testa dele e ele estava mesmo muito quente. Nos despedimos de Monique e fomos pro carro, Luan colocou Lucas na cadeirinha e entrou em seguida. Não pensei duas vezes e pedi pro Luan seguir pro hospital da cidade. Depois de uns vinte minutos esperando chamaram Lucas, entrei com ele e e Luan ficou esperando na recepção.

O médico o examinou e disse que ele estava com a garganta um pouco inflamada, ele foi medicado ali no hospital mesmo por conta da febre e o médico receitou um remédio pra garganta dele. Depois que ele foi medicado saimos, Luan passou na farmacia e comprou o remedio dele e seguimos pra casa.

-Essa gripe tá pegando geral né? Comentei com Luan enquanto entravamos em casa.

-Pois é, as crianças resfriadas, o Lucas com a garganta inflamada.

-Mais todos vão ficar bem logo. Disse.

Dei um banho em Lucas e coloquei ele na cama assistindo um DVD de desenhos.

-Mamãe. Ele chamou enquanto eu arrumava umas roupas dele no guarda-roupas.

-Oi filho.

-Eu posso ir pro orfanato com você e o papai amanhã?

-Amanhã é sábado amor, a gente não vai pro orfanato.

-Esqueci!

-Porque você quer ir?

-Eu queria brincar com o Enzo.

-Amanhã a mamãe liga pra Laura e pede pra ela trazer ele aqui pode ser?

-Pode. Ele disse um pouco mais animadinho.

-Tá na hora do remédio. Disse pegando na comoda.

-É ruim mamãe? Ele perguntou fazendo careta.

-Não sei, mais você tem que tomar.

Coloquei na colher e levei até a boquinha dele que fez uma careta linda.

-É ruim? Perguntei rindo.

-Um pouco. Ele ria.

-Mais vai ajudar melhorar sua garganta. Dei um beijinho em sua testa e voltei fazer o que estava fazendo.

-Amor? Luan disse entrando no quarto.

-Oi vida.

-Bora jantar? Pensei que vocês estivessem lá em baixo.

-Tava arrumando umas roupas aqui.

-Então vamos.

-Vamos sim. Bora filho.

-Minha garganta tá doendo. Ele reclamou fazendo manha.

-Mais tem que comer filho. Luan disse e ele se levantou.

Descemos e nos sentamos pra jantar. Foi um pouco dificil mais consegui que Lucas comesse um pouco. Fiz uma mamadeira pra ele e ele acabou tomando tudo antes de pegar no sono no sofá. Luan levou ele pro quarto e depois desceu.

-Ele não teve mais febre? Luan perguntou se sentando ao meu lado no sofá.

-Graças a Deus não. Amanhã eu vou ligar pra Laura trazer o Enzo aqui, o Lucas quer brincar com ele.

-Liga sim. Mais que tal a gente ir tomar um banho agora?

-Sem malicias tá? Disse me levantando

-Não prometo. Ele me abraçou por trás e subimos assim. Entramos no banheiro, enquanto eu tirava a roupa Luan não tirava os olhos de mim.

-Vai ficar me olhando com essa cara de bobo? Perguntei  entrando no box.

Ele tirou a roupa e entrou também, como eu previa não foi um banho “inocente” Terminamos, coloquei um pijama e me deitei.

-Amor vai apagar a luz. Disse.

-Vai você.

-Luan por favor?

-Você tá de pé até agora, porque não apagou?

-Esqueci.

-Eu não vou levantar.

-Então vai ficar acessa. Disse.

-Eu não me incomodo. Ele disse olhando pra TV.

-Seu chato. Disse levantando e apagando a luz.

-Também te amo vida. Ele disse rindo.

-Boa noite.

-Não vai me dar nenhum beijinho.

-Não quero.

-Tá bom, depois não vem pedir.

-Já disse que não quero.

[...]

Duas semanas se passaram, Amanda me ligou dizendo que voltariam no fim do mês e eu fiquei feliz, estava morrendo de saudade da minha amiga. Ela podia ser doida mais fazia muita falta e depois do casamento ela até que se “acalmou” um pouquinho. Contei a ela que Caio voltou e que estava cuidando das crianças do orfanato e ela claro pirou. Disse que Luan não sai ade perto de mim quando ele estava presente e que o que tivesse pra resolver nos dias da visita de Caio, ele resolvia antes, ela riu.

Como ela disse no fim do mês eles chegaram, fiz um almoço em casa pra recebê-los e nos divertimos muito, o que não é novidade nenhuma quando Luan, Maz e Amanda estavam juntos.

Durante o almoço não estava me sentindo muito bem, estava muito calor e talvez tenha sido minha pressão, Amanda também parece que depois de um tempo murchou e até passou mal. A noite Tânia veio buscar lucas pra passar o fim de semana com ele .

No domingo Luan foi jogar bola com Max e eu resolvi ir na casa do meu pai ver a Cláudia. Tinha prometido essa visita e nunca dava tempo, chamei Amanda pra ir comigo mais ela estava passando o fim de semana com os pais. Então fui tomar meu banho gelado pra espantar o calor de mais de 40° C da Cidade maravilhosa, terminei e me vesti.

Peguei minha bolsa, as chaves de casa e do carro. Poderia ir andando por ser perto, mais como depois teria que passar na casa da minha mãe pra pegar o Lucas decidi ir de carro pra não ter que voltar com ele no colo. Mandei uma mensagem pro Luan avisando que estava saindo e parti pra casa do meu pai. Estacionei o carro em frente a casa e pra minha tristeza quem abriu o portão foi a Ingrid.

-Olha só quem resolveu dar o ar da graça. Ela disse assim que entrei, passei direto e deixei ela falando sozinha. –Nossa não vai nem me cumprimentar. Ela dizia vindo atrás de mim.

-Oi! Disse seca e ntrei na casa. Cláudia estava deitada no sofá lendo um livro.

-Pensei que você só fosse aparecer por aqui quando seu irmão já estivesse indo pra faculdade. Ela disse se levantando pra me abraçar, sua barriga já estava enorme.

-Desculpa a demora mais que estava realmente sem tempo. Tá linda sua barriga. Disse me sentando no sofá ao lado do dela.

-E pesada. Você não tem noção. Ela disse rindo.

-Ah eu tenho sim. Disse também rindo. –Cadê meu pai?

-Ele saiu tem uns 20 minutos, ele vai ter uma audiencia amanhã em São paulo e decidiu ir hoje do que ter que acordar amanhã de madrugada pra embarcar.

-Ele deve ficar com o coração na mão de ter que sair e deixar você aqui sozinha. Disse e Ingrid olhou pra mim mais não disse nada.

-Ele liga de hora em hora pra saber se eu estou bem. Ela disse com um brilho nos olhos.

-E ai já sabem o sexo? Perguntei curiosa.

-Não te contei ainda?

-Não!

-É menino, descobrimos tem umas 2 semanas.

-Nossa que legal. Já tenho a Paty agora vou ganhar um irmãozinho. E já escolheram o nome?

-Vamos esperar ele nascer e depois escolhemos um nome que combine com ele. Ela disse sorrindo.

-Então ele vai se chamar joelho. Ingrid que estava o tempo todo calada abriu a boca, mais poderia ter ficado quieta né?

-Não fala assim filha. Você também já teve carinha joelho. Cláudia disse.

-Mais não tenho mais. Ela bufou.

-E como estão as crianças, o estagiario tá cuidando bem delas?

-Tá sim. E você sabia quem era esse estagiario?

-Não! Sei apenas que ele era da Espanha, me falaram o nome dele mais eu esqueci.

-É  o Caio. Disse.

-Isso, e como é ele é? Velho, novo?

-Você não entendeu é o Caio. Disse pausadamente pra ver se ela entendia.

-Eu entendi, ele se chama Caio. Ela disse rindo.

-Meu ex namorado. Fui mais direta e tanto ela quanto Ingrid me olharam espantadas.

-Mentira? Ela perguntou.

-Sério!

-Imagino que alguém esteja morrendo de ciumes.

-Nem tanto. Só que quando ele tem alguma coisa pra resolver na rua e é dia do Caio ir ver as crianças ele resolve tudo um dia antes e não desgruda de mim até o Caio ir embora.

-Ah mais eu entendo ele. Deve ser dificil ter que conviver com o Caio.

-Por que? Perguntei.

-Foi ele quem acompanhou toda sua gestão, foi ele quem assistiu ao nascimento do Lucas. O Luan deve se incomodar com isso.

-É, pensando assim. Disse.

-Dá um credito a ele. Ela riu.

-Tá certo.

Cláudia me convidou pra almoçar  eu aceitei, o almoço foi tranquilo, Ingrid não falou nenhuma baboseira. Molagre. No meio do almoço, passei mal, Cláudia isnsitiu pra medir minha pressão mais eu disse que já estava melhor.

-Tem certeza que não quer a sobremesa? Cláudia perguntou assim que voltei do jardim, tinha ido tomar um pouco de ar.

-Brigada! Eu não quero mesmo. Disse me sentando. Quando terminamos voltamos pra sala e Ingrid subiu pro seu quarto.

-E como anda os preparativos pro casamento? Cláudia perguntou assim que voltamos nos sentar na sala.

-Devagar ainda. Mais eu vou tentar apressar as coisas.

-Porque? Ela perguntou assustada.

-O Lucas continua cobrando a irmanzinha dele e eu só quero engravidar agora depois de casada.

-Mais por que? Seria lindo você entrando de barrigão na igreja.

-Seria. Mais acontece que eu já tenho o vestido e se eu engravidar não vou caber dentro dele. Disse rindo.

-Como assim tem o vestido? Ela perguntou curiosa e eu contei a ela a história da Silvana.

-Nossa que história. Ela comentou.

-Então. Eu não queria dar esse desgosto a ela. Imagino o quanto ela se empenhou pra fazer o vestido, cada detalhe. E não queria desapontá-la a esse ponto. Sei que onde ela estiver vai estar presente no dia do meu casamento e quero que ela me veja entrando na igreja com o vestido que fez pra mim. Disse já emocionada.

-Então trate de casar logo e dar a irmanzinha do Lucas e uma sobrinha aqui pro seu irmãozinho. Ela disse alisando a barriga e eu ri.

-E você tá tendo muito desejo?

-Não muito. Você sentiu? Ela perguntou.

-Nada!

-Nenhum? Ela perguntou assutada.

-nenhum. Acho que o bebe sentia algo estranho, no caso a ausência do pai e não queria dar trabalho pros outros.

-Talvez.

Conversamos por mais um tempo e fui embora, passei na casa da minha mãe e ela me mandou entrar.

-Oi principe. Disse pegando Lucas no colo.

-Oi mamãe. Ele disse me agarrando pelo pescoço.

-Que coisa gostosa. Mais o que é isso? Perguntei me referindo a Lucas estar chupando o dedo.

 -Era isso que eu queria te mostra, hoje ele acordou com essa mania. Passou o dia inteiro com ese dedo na boca. Minha mãe disse.

-Não pode filho isso é feio.Disse colocando ele de volta no chão. Ele não se importou e se sentou emburrado no sofá.

-Não adianta fazer birra, você vai parar com isso ou vai ficar de castigo. Disse séria e ele fez bico pra chorar mais sem tirar o dedo da boca. Passei uns 15 minutos na casa da minha mãe e fui pra minha, cheguei e Luan estava jogado no sofá de bunda pra cima, Lucas entrou feito um furacão e subiu as escadas.

-Devagar pra não cair. Gritei e ele não me deu ouvidos. –Que folga é essa eim? Perguntei me sentando em cima de Luan.

-Tô quebrado.

-Você tá é véio amor. Disse rindo.

-Engraçadinha. O que o Lucas tem?

-Manha. Acredita que ele tá com mania de chupar o dedo agora?

-Tem que tirar isso é feio.

-Então diz você isso pra ele porque eu já tentei.

-Eu vou lá falar com ele.

-Vai lá. Eu vou tomar um banho e preparar seu jantar.

-Porque meu? Eu vou jantar sozinho?

-Não amor, você vai jantar com o Lucas eu não tô com fome.

-Como não tá com fome?

-Não estando. Minha pressão baixou de novo hoje.

-De novo amor. Tem que ver isso ai.

-Depois eu vejo.

Subimos, Luan foi até o quarto conversar com  Lucas e eu fui tomar banho. Luan convenceu lucas parar de chupar o dedo não sei como mais conseguiu, ele pediu uma pizza pros dois já que não queria, mesmo ele insistindo pra eu comer um pedaço eu recusei. No dia seguinte deixamos Lucas na creche e fomos pro Orfanato, Luan tinha que resolver umas coisas burocraticas do Orfanato na rua mais não queria ir de jeito nenhum porque hoje é dia do caio vir, eu insisti e disse que não dava pra ficar pra amnhã e ele acabou indo. Caio chegou depois do almoço e foi examinar as crianças no jardim por conta do calor insuportavel. Eu observava ele examinar cada uma e anotava as recomendações dele, de repente a voz dele foi ficando distante, tudo foi ficando escuro e eu não vi mais nada.

Voltei amores, desculpa MAIS UMA VEZ  a demora... Grande esse né? Muita coisa aconteceu nesse capitulo e muita coisa vai acontecer daqui pra frente. E ai o que acharam do capitulo? Anônimos se identifiquem e leitoras fantasmas apareçam por favor....

9 capitulos??